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Porque o MQTT é popular na IoT?

Embora já tenha mais de duas décadas, o MQTT só se tornou popular nos últimos anos. Mas porque o MQTT é popular principalmente em dispositivos IoT hoje? O que faz este protocolo se destacar dentre os demais e o torna um dos favoritos para a internet das coisas?

Como surgiu o MQTT

Em 1999 foi estabelecida a primeira versão do Message Queuing Telemetry Transport – MQTT, com o objetivo de transportar mensagens de telemetria com uso eficiente dos dados, que fosse leve e utilizasse pouca energia. Ele foi criado com o uso para comunicações com satélites em mente. É um protocolo baseado no TCP/IP que permite a troca de mensagens entre dispositivos.

Somente a partir de 2014 que o protocolo começou a ganhar popularidade com a versão 3.1.1 lançada pela OASIS – associação sem fins lucrativos que desenvolve e cuida de padrões de protocolos abertos, disponibilizando o protocolo para uso geral com documentação aberta.

A partir desta abertura do código em 2014 o MQTT começou a se difundir, tomando a frente em relação a protocolos para aplicações similares.

Mas afinal, por que usar MQTT?

O MQTT resolve muitos dos problemas de dispositivos IoT, sejam eles técnicos ou econômicos, viabilizando novas soluções.

Confiabilidade dos dados em conexões não confiáveis

Dispositivos IoT precisam se preocupar na integridade do dado enviado, mesmo quando não a rede não é estável. Um exemplo são veículos rastreados onde o dispositivo entra em zonas onde não há sinal de celular e precisam voltar a comunicar o mais rápido possível. Com o MQTT é possível manter a seção aberta durante estes períodos, facilitando o envio de dados assim que a conexão a rede é estabelecida.

Sua capacidade de manter sessões abertas e mensagens retidas resolvem de forma exclusiva o desafio de fornecer uma mensagem confiável […] A BMW usa o MQTT para seu serviço de compartilhamento de carros Share Now exatamente por esse motivo.

Ian Skerrett, 2019

Ainda é possível ter a certeza de que o dado chegou ao destino utilizando o Quality of Service (QoS) do MQTT. Os níveis de QoS são:

  • QoS 0 – no máximo uma vez: a mensagem é enviada uma vez e não há certeza se esta foi recebida.
  • QoS 1 – pelo menos uma vez: a mensagem é enviada e o dispositivo recebe de volta a confirmação de que esta foi entregue. Caso a confirmação não ocorra o dispositivo envia novamente.
  • QoS 2 – exatamente uma vez: ocorrem trocas de confirmações, garantindo que a mensagem seja recebida exatamente uma única vez

Menor tráfego de dados

A mesma mensagem pode ser transmitida utilizando menos dados. Em comparativo com HTTP, outro protocolo amplamente utilizado, a redução do volume de dados trafegados chega a quase 90% para envios de várias mensagens. Essa redução na necessidade de dados impacta dois pontos: menor uso da rede e menor uso de processamento.

Velocidade de troca de dados

Uma das vantagens do MQTT é a sua velocidade. Como os dados trafegados não precisam ser processados isso diminui o tempo de tráfego da mensagem.

Em testes foram comparados tráfegos das mesmas mensagens entre HTTP e MQTT. A diferença é significativa quando ocorrem várias trocas destas mensagens.

Fácil de implementar

MQTT foi feito para troca de dados em equipamentos que não possuem grande potencial de processamento. Isso permite que pequenos dispositivos possam executar o protocolo, sendo um grande atrativo para dispositivos conectados.

Conclusão

O MQTT é popular na IoT por ser um protocolo muito confiável e leve, tanto na necessidade de processamento quanto no volume de dados trafegados, além de ser um protocolo rápido.

Ele começou a se expandir com a abertura de seu código e vem se mostrando como uma ótima alternativa para dispositivos conectados, principalmente é necessário enviar diversas mensagens a partir de vários dispositivos diferentes.

Aqui na Zéfiro temos cases de uso do MQTT. Clica aqui pra conferir.

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